Perfil clínico e audiológico de pacientes submetidos a timpanostomia e inserção de tubo de ventilação.

Perfil clínico e audiológico de pacientes submetidos a timpanostomia e inserção de tubo de ventilação.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55684/80.2.25

Palavras-chave:

Otorrinolaringologia, Otite média secretora, Ventilação da orelha média, Membrana timpânica, Audiometria

Resumo

Introdução: A presença de líquido na orelha média, uma consequência comum das otites, pode causar perdas auditivas de condução e, consequentemente, atrasos no desenvolvimento da criança. A timpanotomia e colocação do tubo de ventilação é o tratamento para casos em que o acúmulo de secreção é persistente. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico (sexo, idade, diagnóstico, tipo de intervenção, comorbidades, queixas clínicas) e audiológico dos pacientes submetidos a timpanotomia e colocação do tubo de ventilação entre janeiro de 2018 e janeiro de 2020.  Métodos: é um estudo observacional, retrospectivo e transversal baseado em revisão de prontuários. Resultados: Foram incluídos 69 pacientes que realizaram a cirurgia. O sexo masculino correspondeu a 44 paciente (64%) e a média de idade dos pacientes foi de 8 anos. Otite média secretora foi o diagnóstico predominante. Pelo menos uma comorbidade foi encontrada em 63 pacientes, com predomínio de rinite alérgica. A maioria dos pacientes realizaram apenas 1 cirurgia. A bilateralidade da colocação do tubo ocorreu em 39 pacientes (57%).  Amigdalectomia e/ou adenoidectomia foram frequentemente realizadas no momento da timpanotomia com colocação de tubo. Hipoacusia, roncopatia, prurido nasal, obstrução nasal e respiração oral noturna foram as queixas predominantes.  Em relação à audiometria, 68% dos pacientes evoluíram para limiares normais; já na timpanometria 62% evoluíram para melhora da curva no timpanograma. Conclusão: Os achados clínicos mais presentes na nossa amostra foram: sexo masculino, pacientes pediátricos, com presença de rinite alérgica como comorbidade, queixa clínica de perda auditiva e tratamento com colocação de tubo de ventilação bilateral. Houve melhora pós-operatória na audiometria e timpanometria na maioria dos casos.

 

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Publicado

01-11-2022

Edição

Seção

Artigo Original
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