Análise imunoistoquímica do biomarcador Ciclina D1 nos carcinomas papilíferos de tireoide e bócios multinodulares
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Racional: Os carcinomas papilíferos são os mais prevalentes e menos agressivos de tireoide (CPT). Em alguns casos, o diagnóstico é duvidoso e o prognóstico ruim. A busca de biomarcadores teciduais que permitam assegurar tanto o diagnóstico para casos indeterminados, quanto o prognóstico, identificando os casos de maior agressividade, têm sido estudadas nas últimas décadas.
Objetivo: Analisar a ciclina D1 nos CPT e nos bócios multinodulares (BMN) e verificar a correlação da marcação com as características clinicopatológicas.
Métodos: Foram selecionados 118 tecidos de pacientes adultos submetidos àa tireoidectomia por CPT e 40 BMN como grupo controle. Realizou-se imunocoloração tecidual com ciclina D1 com subsequente análise imunoistoquímica em ambos grupos, avaliando-se a expressão do marcador (intensidade e distribuição). No grupo dos CPT os dados da imunocoloração foram também cruzados com os dados clinicopatológicos.
Resultados: A maioria (93,3%) expressou a coloração da ciclina D1 com intensidades variadas (fraca, moderada e forte) e distribuição predominantemente difusa (71,2%). O grupo controle dos BMN, expressou coloração para ciclina D1 em 57,5%, com intensidade fraca (47,5%) e distribuição esparsa (37,5%). A diferença entre os grupos (estudo e controle) foi estatisticamente significante (p<0,001). No grupo dos CPT, os cruzamentos clinicopatológicos não evidenciaram diferenças quanto à idade, sexo, tipo e tamanho tumoral, estado linfonodal, focalidade e invasão angiolinfática.
Conclusão: A ciclina D1 foi expressa na grande maioria dos CPT sendo a distribuição difusa predominante. Não houve correlação entre a expressão delacom qualquer característica clinicopatológica dos CPT.
Detalhes do artigo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.