Caracterização epidemiológica de pacientes com fraturas transtrocantéricas atendidos durante a pandemia COVID-19

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Flamarion dos Santos Batista
Thiago Henrique Sato
Ronaldo Mafia Cuenca
Orlando Jorge Martins Torres
Nelson Adami Andreollo

Resumo

Introdução: Em 2020 teve início a pandemia de COVID-19 e considerando que para combatê-la houve recomendações de isolamentos sociais - permanência em suas residências - esperava-se que ocorresse grande quantidade de pessoas expostas às fraturas transtrocantéricas, principalmente os idosos.


Objetivo: Avaliar a ocorrência dessas fraturas durante o período de pandemia COVID-19.


Métodos: Estudo retrospectivo, transversal e observacional, com abordagem quantitativa. O levantamento de dados foi realizado por meio da análise de prontuários eletrônicos de pacientes durante o período de março de 2020 a outubro de 2021. As variáveis analisadas foram: idade, sexo, mecanismo de trauma, lado da fratura, comorbidades associadas, tempo entre a entrada e a operação, tipo de implante, tempo de hospitalização e fraturas associadas.


Resultados: A amostra foi composta por 182 pacientes, sendo 61 homens e 121 mulheres, idade variando de 24-98 anos. O mecanismo de queda do mesmo nível foi responsável por 160 dos casos e não houve predominância de lado da fratura. As principais comorbidades foram a hipertensão e diabete melito; 92 pacientes foram operados em até 48 h de admissão. Implante cefalomedular foi usado em 159 casos. Ocorreram 19 óbitos intra-hospitalares dos quais 10 tinham fraturas associadas.


Conclusão: Foi possível observar predominância do sexo feminino e idosos e elevação da idade média. O mecanismo de queda do mesmo nível foi responsável por 87% dos casos e não houve predominância de lado na fratura.

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