ACESSO VENOSO SUBCLÁVIO VIA FOSSA SUPRACLAVICULAR GUIADO POR ULTRASSONOGRAFIA: É OPÇÃO SEGURA?

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Guilherme VOLTOLINI
Claudio Luciano FRANCK

Resumo

Introdução: A canulação venosa central é técnica cuja execução ainda está associada com complicações mecânicas, trombóticas e infecciosas e a guiada por ultrassonografia parece reduzir a incidência dessas complicações, custos e tempo necessário para realizar o procedimento. No entanto raras evidências apoiam a utilização ultrassonografia para a canulação da veia subclávia via supraclavicular. Objetivos: Avaliar se o acesso venoso subclávio via fossa supraclavicular guiado por ultrassonografia em tempo real é seguro como alternativa para obtenção de acessos venosos profundos. Método: Estudo epidemiológico de intervenção, transversal, caracterizado como ensaio clínico, em pacientes de UTI. As variáveis foram: idade, gênero, peso, lateralidade puncionada, número de tentativas de canulação, tempo entre a obtenção da imagem e acesso da veia, profundidade da veia subclávia em relação à pele e complicações durante a colocação e permanência do cateter. Resultados: Realizou-se acessos em 18 pacientes A maioria das punções foram obtidas na primeira ou segunda tentativa compondo 72,2% dos procedimentos, com tempo médio para a execução de 9 min. Observou-se predomínio de profundidades entre 0,63 a 1,09 cm com média de 1 cm. A taxa de sucesso foi de 94,4% com 5,6% de complicações correspondente à uma punção arterial. Não houve nenhuma outra complicação mecânica, trombótica ou infecciosa. Conclusões: O procedimento é seguro, executado em 9 min e, em sua maioria, na primeira ou segunda tentativa com 5,6% de complicações, e profundidade a partir da pele de 1 cm.

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