Cirurgia bariátrica e a pandemia do novo coronavírus: análise comparativa do impacto em procedimentos do SUS e de convênio
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Resumo
Introdução: O tratamento da obesidade envolve diversas abordagens multidisciplinares, incluindo a intervenção cirúrgica. A pandemia de COVID-19 impactou o acesso a ela gerando dificuldades em sua retomada e acentuando as disparidades entre o sistema público e privado.
Objetivo: Analisar o impacto da pandemia na cirurgia bariátrica realizada pelo SUS e por convênios médicos no Brasil.
Métodos: Os dados foram coletados utilizando as bases de dados TABNET do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), do Sistema Único de Saúde (SUS), e o Painel de dados do TISS da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), no período de 2015 a 2021 e foi realizada uma análise quantitativa descritiva, calculando-se a média das informações. Além disso, foram realizadas estimativas estatísticas utilizando regressão linear no software SPSS, com intervalo de confiança de 95%.
Resultados: Foi identificada correlação significativa e direta entre o aumento do número de procedimentos realizados pelo SUS e o aumento médio de procedimentos ao longo dos anos, enquanto no sistema de convênios não houve correlação significativa. Durante a pandemia, houve queda expressiva no volume cirúrgico em ambos os sistemas, com o sistema público sendo mais afetado. A retomada do volume cirúrgico ainda não alcançou os níveis anteriores à pandemia no sistema público, enquanto o sistema privado apresentou aumento significativo.
Conclusão: A pandemia do COVID-19 teve impacto significativo na capacidade do setor público e privado em realizar operações bariátricas no Brasil. Os resultados evidenciam diferenças regionais e socioeconômicas na realização desses procedimentos.
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