Avaliação da perda de peso após derivação gástrica em Y de Roux através de uma classificação baseada no histórico de peso
Avaliação da perda de peso após derivação gástrica em Y de Roux através de uma classificação baseada no histórico de peso
AUTORES
Kamyla Miranda Strobel e Rodrigo Strobel
LOCAL DE REALIZAÇÃO DO TRABALHO
Pesquisadores do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie em parceria com o Centro de Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital Nossa Senhora das Graças denominada “GASTROVIDA”, situada na cidade de Curitiba-PR.
AUTOR RESPONSÁVEL
Kamyla Miranda Strobel – email: kamystrobel@hotmail.com
NÚMERO ORCID
Kamyla Miranda Strobel - 0000-0002-3728-4882
Rodrigo Strobel - 0000-0001-6336-2613
RESUMO
RACIONAL: A eficácia da cirurgia bariátrica é frequentemente relatada em termos de perda de peso. Apesar disso, não há consenso quanto a métrica utilizada para essa avaliação. O melhor método deve permitir comparações mais precisas entre as mais amplas faixas de peso dos pacientes e características da população.
OBJETIVO: Avaliar a perda de peso em pacientes com 2 anos de pós-operatório de Derivação Gástrica em Y de Roux(DGYR), através da aplicação de uma nova proposta de avaliação de perda de peso, baseada no histórico de peso máximo.
MÉTODOS: Estudo retrospectivo, envolvendo 513 pacientes com obesidade mórbida submetidos a DGYR no período de janeiro de 2012 a julho de 2020. Os pacientes foram avaliados quanto a perda de peso com 2 anos de pós-operatório, através da classificação proposta, tendo como desfecho obesidade controlada, reduzida ou inalterada.
RESULTADOS: A população estudada foi representada por 73% de mulheres, a média de idade no pré-operatório foi de 37,1 anos e o IMC médio foi de 41,4 kg/m2. A média da porcentagem de perda do peso total(%TWL) foi de 37,3%. A classificação proposta apresentou associações significativas com métricas já validadas (p<0,001). Dos pacientes com Obesidade Grau 3 no pré-operatório, 96,6% (233/241) apresentaram Obesidade Controlada na análise com 2 anos de pós-operatório, com valor médio de %TWL de 41,4%. Os pacientes superobesos apresentaram a maior %TWL (47,9%).
CONCLUSÃO: A adequada perda de peso é essencial como preditor de sucesso no pós-operatório de DGYR. A classificação de obesidade com base no peso máximo atingido na vida do paciente pode auxiliar nessa avaliação. Recomenda-se a realização de ensaios clínicos randomizados para evidenciar a manutenção da perda de peso a longo prazo e sua associação com a resolução de comorbidades, reforçando a validação da classificação.
PALAVRAS-CHAVE: Bypass Gástrico, Obesidade, Perda de Peso